sábado, 24 de fevereiro de 2018

KINGDOM COME DELIVERANCE - Análise



Editora: Warhorse

Consola:
  • PlayStation 4 Pro
  • Razer Raiju Controller
  • Razer Leviathan Sound System

PC:
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma
  • Monitor AOC U3277PWQU

Mobile:
  • LAIQ Glow


Kingdom Come é um RPG medieval sem dragões, magias, feiticeiros, etc... em vez de toda a fantasia a que estamos habituados, oferece realismo puro. Mas será que um jogo assim nos consegue agarrar?

Sim, este é um jogo brutalmente realista. Durante as mais de cinquenta horas de jogo (com as quais não fiz tudo o que o jogo permite) o realismo é o fator decisivo. Começamos por ser um simples camponês, tão incapaz de sobreviver neste mundo ao ponto de ser vencido por pessoas bem mais velhas ou até com álcool a mais. irão morrer muitas vezes até perceberem como tudo deve ser feito neste jogo.



Mas já lá vamos. Comecemos pela parte gráfica. Este é um jogo que não sendo um portento, faz tudo bem feito. O design está muito bem conseguido, tudo parece sujo mas com coerência e significado, tentando demonstrar como era a vida naquela época. Existem detalhes que demonstram como tudo foi bem pensado e facilmente sentimo-nos num mundo real. Para além dos cenários bem conseguidos e da boa sensação de escala, também a parte sonora faz o seu papel, apesar de algum trabalho de vozes não ser fantástico, mas os efeitos sonoros tornam este mundo mais vivo.

Apesar de graficamente ser um jogo exigente no PC, na PS4 Pro comporta-se bem. Nunca é um portento, mas não compromete a experiência de jogo. O problema de Kingdom Come está nos vários bugs que iremos encontrar, como por exemplo não conseguir avançar por um local estreito em que claramente passamos, ou algumas quests que parecem não "arrancar". Algo que claramente será melhorado no futuro. O outro problema está no sistema de save. Apenas podemos gravar em momentos ou locais específicos, o que por vezes nos deixa perante mais de duas horas a jogar sem gravar. E como aqui se morre muitas vezes, torna-se frustrante!



O enredo é interessante e complexo, mesmo com alguns momentos mais forçados, consegue criar o ambiente certo para o mundo certo. é, também, uma história que tenta ser o mais realista possível, e assim ajudar ao mergulho que damos neste mundo.

No entanto, o que torna este jogo bom é tudo o que temos de fazer. Temos de caçar, comer, beber e dormir todos os dias. Temos de tomar banho para que as pessoas não fiquem receosas de nós. Cada interação com um personagem pode mudar o que temos de fazer em cada missão e pelo meio terão de aprender tudo, desde sobreviver numa floresta, tratar de animais, ou lutar. Não esperem vencer batalhas contra três inimigos. Isso será só para o fim do jogo quando dominarem o simples e realista sistema de combate. Não basta encontrar uma arma nova e usá-la. É preciso treinar com ela, aprender novos conceitos. é preciso estudar ao adversário, o mundo à nossa volta, as reações dos animais, o tempo. É este detalhe que faz a diferença e que várias vezes me fez pensar "epa, isto é realmente algo que teria de fazer na vida real nesta era medieval".



Kingdom Come não é um jogo fantástico, mas mundo se deve aos seus bugs e sistema de save frustrante. De resto é um jogo muito bem conseguido, muito realista e que agradará aos que se interessem por esta era e tipo de jogo. Acredito que o futuro será risonho para esta série.





Jogabilidade - 87
Gráficos - 76
Som - 82
Enredo - 77

NOTA FINAL - 80

Luís Pinto





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